quinta-feira, 27 de março de 2008

Fazenda da Estalagem: início da Vila de Cocais



Fazenda da Estalagem
Foto da Pousadadas Cores

Na Fazenda da Estalagem (foto) começou o povoamento da Vila Colonial de Cocais, que prosperou em torno da Capela de Santana, igreja privativa das nobres famílias "Pinto Coelho" e "Furtado Leite", ambas de origem portuguesa. Assim, os bandeirantes Antônio Caetano Pinto Coelho da Cunha e Felício Muniz Pinto Coelho da Cunha, casados com as irmãs Furtado Leite, filhas de colonizadores de Cocais, transformaram a Vila em centro de reinóis e nobreza lusitana. Entre estas famílias, estava a do Coronel Antônio de Barros, proprietário da Fazenda da Estalagem, construída no início do século XVII.
Conta a história, que nas imediações da Fazenda da Estalagem, alguns escravos estavam batendo ouro no Córrego do Curtume, quando um deles resolveu cavar um dos inúmeros cupins situados a beira do rio. Casualmente, apareceram muitas pepitas de ouro. O acontecimento percorreu as Minas Gerais, trazendo levas de mineradores para Cocais, passando a arriar as suas tropas na futura Fazenda da Estalagem. Dali, também iniciou-se o traçado urbano da Vila de Cocais, como a rua principal rumo ao alto do Largo de Santana. A rua do Curtume, parte da Cachoeira, onde nasceu o Barão de Cocais, tenente-coronel do Exército Imperial José Feliciano Pinto Coelho da Cunha.
A Fazenda da Estalagem foi uma das primeiras construções da localidade, a princípio servindo de hospedagem a ilustres visitantes assim como para aventureiros e mineradores. Foi, a partir dela que começou o traçado urbano da Vila de Cocais como a Rua Principal que se direciona ao Largo de Santana, a Rua do Curtume e a Rua que seguia em direção à Fazenda da Cachoeira, onde nasceu o Barão de Cocais.
O dono da Fazenda da Estalagem, Coronel Antônio de Barros, era um dos pioneiros da Vila de Cocais. Ele tinha seis filhas que foram acometidas de uma doença incurável e estavam morrendo uma por uma. O Cel. Barros, um dia resolveu fazer uma promessa ao Senhor do Bonfim. Se suas filhas fossem curadas, construiria uma capela sob a invocação do Senhor do Bonfim no alto do morro da Fazenda da Estalagem. Quando a última filha que restou, e sarou, Cel. Antônio de Barros cumpriu a promessa. Infelizmente, a capela foi demolida em 1973, para dar lugar a uma nova igreja de alvenaria. A antiga capela era de pau-a-pique e tinha a fachada idêntica a da igreja do Ó, de Sabará, e conservava no seu interior, a imagem de madeira de Nosso Senhor do Bonfim, trazida de Portugal. Foi demolida em 1973 para dar lugar à uma nova igreja de alvenaria.
Atualmente, o que resta da Fazenda é um sítio de cerca de 10.000 m2, denominado Recantos do Zica. A casa conservada é uma casa é rústica, com porão e tábua corrida, portas e janelas grandes de madeira. No terreno hé uma bica com água de nascente, piscina e um pequeno campo de futebol. Conserva-se o aspecto e peças originais como, entre outras coisas, um fogão de lenha com serpentina.

Site: http://www.pousadadascores.com.br/

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